Bom, recentemente eu voltei de uma viagem que fiz por um projeto da escola e no total eu passei mais ou menos umas duas semanas e meia sem ver os amigos que eu mais amo. E quando eu via, eu tava cansada, estressada, mal-humorada, cheia de toda a pressão. E durante a viagem eu não parava de pensar nessas pessoas e como seria bom que todas nós estivéssemos ali.
Quando eu voltei... aquela saudade bateu mais forte do que nunca e tudo que eu queria era ficar agarrada 24 horas por dia com todas aquelas pessoas que eu tinha sentido tanta saudade... E aí eu me lembrei que aquele seria nosso último ano juntos porque lá na escola ele chegava, e cada um seguiria seu caminho.
E desde a 5a. série, é claaro, a gente já planejava para qual colégio de Ensino Médio TODAS nós iríamos. Isso pra todo mundo já tava claríssimo. Mas o tempo passa. As coisas mudam. As situações acontecem. E eu percebi que talvez aquilo não fosse exatamente "alcançável" ou fácil de acontecer. As oportunidades surgem, e as decisões e escolhas se tornam cada vez mais abaladas.
Então, o que fazer? A partir do momento em que eu percebi que talvez nossos planos de "infância" não acontecessem, eu tentei buscar desculpas em todas as brechas que eu tinha, botando defeitos ou qualidades que lá no fundo eu sabia que não existiam.
Mas como eu nunca consigo me enganar (e ninguém consegue se enganar por muito tempo) acabou que a realidade veio mais forte que qualquer pensamento: a gente muito provavelmente vai se separar. E agora? Minha vida toda eu vinha me preparando pra continuar ali do lado delas e por devaneio do destino a gente vai seguir caminhos diferentes? Ahaam. E é isso que acontece sempre. Nem sempre nosso planejamento de vida acontecesse e a gente tem que ser flexível o suficiente pra desdobrar a situação e seguir em frente aberto a tudo que pode nos acontecer de bom.
E aquela saudade? Se viajando por duas semanas eu fiquei morta de saudade, imagina quando só pudermos nos encontrar assim de vez em quando? Eu vou chorar, vou ficar triste, vou inventar mais defeitos e mais qualidades pra que a gente vá pra mesma escola mas no final das contas eu não posso depender delas. E eu não "vou pra onde todo mundo vai". Eu lá sou Maria-vai-com-as-outras? Eu tenho mente própria ou não? Eu tenho mente própria e não dependo dessas pessoas pra tomar decisões. Além disso eu vou ficar a eternidade agarrada com todo mundo, é?
Por isso que quando tem tantos fatores juntos (como pessoas, locais e pais) interferindo na sua escolha, a melhor coisa que se tem a fazer é não se cegar e ser o mais realista possível. Eu até aconselho a deixar as emoções de lado um pouquinho nessas horas. Acredite, no fim do ano, elas virão.
Porque afinal de contas, amigo que é amigo mesmo num precisa ficar só na escola.
Amigo é pra vida toda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário