Ao mesmo tempo que aqueles olhos doces são tão encantadores você não pode esquecer que aquelas garras e dentes estão ali para uma coisa: matar a presa. Então a hierarquia, tão respeitada pelos animais é baseada em definir quem é a presa e quem é o predador, numa competição territorial, psicológica e física.
E quer saber? Também somos assim. Ao mesmo tempo que somos tão civilizados sentimos e não resistimos às mesmas emoções que sentimos há milênios. Amor, felicidade, tristeza, frustração, compaixão... Enquanto os olhos são a entrada para nossas almas, nossas armas estão sim nas forças das mão, dos dentes e, maior de todas, no nosso cérebro. É lá que instinto e emoção se juntam, sendo imprevisível prever no que vai dar.
Deve ser isso que nos conecta tanto aos animais. Sim, somos muito parecidos com eles. Seus movimentos precisos de ataque e defesa, com equilíbrio perfeito é que inspiram nossa arte, nossos movimentos, reflexos, a dança, o ritmo, o jeito de olhar, andar, persuadir... E os instintos selvagens de sobreviver, de proteger a cria, de satisfazer a fome a sede estão presentes de forma "civilizada" na nossa vida. Porém, ao enfrentar situações de vida ou morte é que o predador dentro de nós se solta. Essas histórias tem de monte no Discovery (
No final das contas, somos sim presas e predadores. Alfas ou não, a competitividade nos cerca na escola, na universidade, no trabalho, na academia, no esporte, na aula de dança. Estamos sempre disputando pra ver quem fica no poder, pra ver quem é melhor.
Isso nos consome de maneira tal que, inegavelmente, faz dos animais melhores que pessoas.
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