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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Animalescos

Esses dias eu tava vendo uns programas sobre cachorros. Eu sei que são um saaaco, mas eu gosto de ver como treinar eles porque eu tenho uma (a coisa mais fofinha, mais lidinha, mais cuticuticuti). E a cada dia eu fico mais e mais impressionada com os animais. A pureza, a inocência... mas também a força do instinto, de sobrevivência, que persistem em seus séculos de existência. Esse contraste é o que torna os animais pra mim (principalmente caninos e felinos) tão bonitos... e perigosos.

Ao mesmo tempo que aqueles olhos doces são tão encantadores você não pode esquecer que aquelas garras e dentes estão ali para uma coisa: matar a presa. Então a hierarquia, tão respeitada pelos animais é baseada em definir quem é a presa e quem é o predador, numa competição territorial, psicológica e física.
E quer saber? Também somos assim. Ao mesmo tempo que somos tão civilizados sentimos e não resistimos às mesmas emoções que sentimos há milênios. Amor, felicidade, tristeza, frustração, compaixão... Enquanto os olhos são a entrada para nossas almas, nossas armas estão sim nas forças das mão, dos dentes e, maior de todas, no nosso cérebro. É lá que instinto e emoção se juntam, sendo imprevisível prever no que vai dar.

Deve ser isso que nos conecta tanto aos animais. Sim, somos muito parecidos com eles. Seus movimentos precisos de ataque e defesa, com equilíbrio perfeito é que inspiram nossa arte, nossos movimentos, reflexos, a dança, o ritmo, o jeito de olhar, andar, persuadir... E os instintos selvagens de sobreviver, de proteger a cria, de satisfazer a fome a sede estão presentes de forma "civilizada" na nossa vida. Porém, ao enfrentar situações de vida ou morte é que o predador dentro de nós se solta. Essas histórias tem de monte no Discovery (não que eu veja demaais).

No final das contas, somos sim presas e predadores. Alfas ou não, a competitividade nos cerca na escola, na universidade, no trabalho, na academia, no esporte, na aula de dança. Estamos sempre disputando pra ver quem fica no poder, pra ver quem é melhor.

 Isso nos consome de maneira tal que, inegavelmente, faz dos animais melhores que pessoas.

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