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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Delmiro Gouveia, um herói do sertão que infelizmente poucos conhecem

Oi pessoal,
 hj irei falar sobre um herói sertanejo que impressionou a mim e que creio que vocês nunca ouviram falar, infelizmente. Como bem disse Nilson Lage  na edição da otton Pierre Editores Ltda."Se fosse nos Estados Unidos", afirma Nilson Lage, "Delmiro Gouveia teria um busto em cada federação das indústrias, um retrato em cada Lyons Clube, um lugar de honra na cartilha de moral e civismo da escola primária, mais ou menos como acontece com Benjamin Franklin, Thomas Edison ou Henry Ford. Como estamos no Brasil, falar em Delmiro Gouveia é coisa de mau gosto nos meios empresariais, pois até para ser enredo de escola de samba (a Império da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 1980) foi preciso que acontecesse antes uma abertura política". Delmiro combateu a oligarquia e foi morto pelo imperialismo.

Vejam a seguir um pouco da vida de um homem que devemos NOS ORGULHAR!

A história de Delmiro Gouveia impressiona qualquer um, tendo todo tipo de aventuras possíveis e imaginárias. Inicialmente conseguindo ganhar dinheiro em um pequeno comércio de couros, nosso herói sertanejo conseguiu uma espécie de milagre que iria antecipar feitos que até hoje não foram conseguidos pelos trabalhadores brasileiros de Alagoas. “Delmiro combateu a oligarquia e foi morto pelo imperialismo”.


O atraso do Nordeste deve-se não a seca mas sim, a incompetência administrativa . O regime implantado em sua fábrica seria o contrário do que anos depois a Sudene iria incentivar. Delmiro utilizava matérias-primas da economia local, empregava diversas pessoas e então reinvestia na própria região. Ele não queria ganhar dinheiro como todos querem mas ver o Nordeste triunfar, nada de fábricas maquinofaturadas e o mínimo de empregados, usando matérias primas vindas lá da “Conchichina” e depois um investimento em outros países, NÃO! Delmiro queria ver seu Nordeste “com os dentes tratados, a barriga forrada e pobre, mas decente.” “Mas o sertão nordestino ainda hoje é desdentado, faminto e miserável”.

Quando a Machine Cotton jogou no Rio São Francisco as máquinas da fábrica de Pedra jogou junto uma das chances do Nordeste ir para frente. Delmiro Gouveia foi assassinado em 1917 e deixou no seu testamento que seus herdeiros não poderiam vender as ações da fábrica até completarem 30 anos, mas com uma manobra jurídica o seu filho mais velho vendeu ã Machine Cotton.

Um tempo depois de separar-se se apaixonou por Carmélia Eulina de 16 anos, e como não deixaram casar-se com ela ele a raptou de seu tutor judicial. Um tempo depois Carmélia o deixou, mas Delmiro sonhava alto! Decidiu ir pedir permissão a Dantas Barreto para deixar que construísse a hidrelétrica o qual não permitiu, anos depois (40 anos) Delmiro conseguiu a permissão mas, o governou reduziu drasticamente seus planos.

Depois disso Delmiro ainda se meteu em muitas confusões e muitas aventuras. Mas em 1917 ele parou de respirar. “Pouco antes de ser assassinado ele afirmou: "Primeiro me firmo nesta fábrica. Muita coisa vai vir em seguida. Levarei energia elétrica por este mundo afora. Irrigarei as terras, nosso sertão vai progredir. Abrirei estradas de rodagem acompanhando a rede de alta tensão por Alagoas, Pernambuco e estados vizinhos.” E lá foi-se o sonho de Delmiro Gouveia.

Abaixo um trecho do site: http://www.radiodelmiro.com.br/institucional/delmiro/historia.asp

No Nordeste se dizia que grande homem no sertão não havia quatro, só três: Lampião, na valentia; Padre Cícero, na grandeza de coração; e Delmiro, no trabalho.Na noite de 10 de outubro de 1.917, como era seu costume, Delmiro Gouveia sentara-se na sua cadeira de vime, no alpendre do chalé, debaixo de uma lâmpada elétrica forte que iluminava sua figura vestida de branco. Abriu os jornais para ler as notícias. Eram 21 horas. Por entre as plantas do jardim se esgueiraram três "cabras" armados de rifle. Apontaram: um tiro pegou num braço, um se perdeu, o outro feriu Delmiro no coração. Toda a cidade de Pedra acordou. Cem armas de fogo foram passadas às mãos dos trabalhadores que partiram em todas as direções, chorando pelas estradas.

No velório desfilaram as operárias das seções de fiação, os mecânicos, os maquinistas, os carregadores, lojistas, caixeiros, crianças, pequenos agricultores, vaqueiros vestidos do couro que chegavam de longe. Era uma espécie de culpa coletiva:- Se facilitava tanto, era porque confiava no seu povo.Ao pé do caixão, um velho trabalhador da seção das cardas repetia:- Atiraram nele para matar a fábrica também.Algumas semanas depois, foram presos, do lado oposto do São Francisco, os pistoleiros José Inácio Pio, João Roseo de Morais e Antônio Felix.

A confissão arrancada debaixo de tortura não tem a menor garantia da verdade.Quem mandou matar? Surgiram várias hipóteses, mas o processo, falho, jamais convenceu a qualquer jurista que o tenha estudado. E não convenceu também ao povo, que sabe perguntar como no Direito Romano - qui podest? - a quem interessa? E a resposta é uma só: ao truste da Machine Cotton, encabeçado por J. P. Coats & Company e tendo como subsidiárias a Clark & Company, a Ross & Duncan e a Companhia Brasileira de linhas para coser, sediada em São Paulo.

SE QUISER SABER MAIS SOBRE ESSA GRANDE FIGURA ( SE EU FOSSE VOCÊS EU IRIA QUERER SABER) ACESSEM: http://www.radiodelmiro.com.br/institucional/delmiro/historia.asp

Um grande beijo e espero que vcs admirem Delmiro Gouveia assim como eu,
Frida Fritas:)

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