São com essas palavras que eu inicio essa postagem, uma entrevista, que fiz com o escritor Maurício Gomyde.
"O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler."
Mark Twain
O escritor de "o mundo de vidro", um romance misturado de comédia, que já encantou a muitas pessoas! Espero que gostem, não vejo a hora de "desvendar" esse livro.
GQP: Quando você considera que decidiu ser escritor? Desde quando? Por quê?
Maurício Gomyde: Este sempre é um momento difícil de precisar, porque dificilmente é uma decisão que acontece de uma hora pra outra. A gente vai amadurecendo a ideia de contar uma história aos poucos. Ninguém nasce escritor, da mesma forma que não acorda um dia e resolve, do nada, escrever. Desde pequeno gostei de ler, e isso foi ganhando força dentro de mim. A melhor forma é sempre ler muito. E isso eu tive muito estímulo em casa.
GQP: Maurício, para você o que é ser escritor? Qual sua maior inspiração?
Maurício Gomyde: Escrever é um vício. rs É o desejo colocar pra fora uma série de experiências que vivi ou que gostaria de viver, tudo misturado em forma de historia. É mais ou menos como brincar de ser deus. Você cria quem quiser, mata na hora que quiser, pode fazê-lo crível ou sem sentido nenhum. Ainda assim, tudo fará sentido. A maior fonte de inspiração são as situações comuns que eu vivo ou que meus amigos vivem. Acabo que funciono como uma antena, e vou captando o que está ao redor e vendo o que pode ser mexido e colocado como situação.
GQP: Qual seu maior sonho?
Maurício Gomyde: Pessoalmente, meu maior sonho é viver muito. Acho a vida boa demais e um desperdício que ela acabe cedo. E tenho muita fé no mundo! Acho sempre que há muitos lugares pra visitar, muitos livros pra ler, muita gente pra conhecer. Quero chegar no final da vida e ter a sensação de que fiz tudo o que podia. Nada de acomodação!
GQP: Por que escrever justamente um romance?
Maurício Gomyde: Não me vejo como um escritor "técnico". Sempre fui contador de histórias e de piadas. Do tipo que, quando pequeno, nas festas, meus tios paravam tudo pro momento "contação de piadas sujas do Maurício"... hahaha. Acho legal mexer com esse imaginário de criar o que quiser, sem ter que me prender a padrões.
GQP: O seu livro "O mundo de vidro" narra uma história vivida por você?Maurício Gomyde: Não narra especificamente, em todos os momentos. Mas há muita coisa que aconteceu comigo ali. Sou músico, sempre fui tímido. "Ele" eu poderia dizer que sou eu, sim. Claro que tem muita invenção, muito exagero. Isso faz parte da comédia. Agora, "Ela" é a construção de todas as mulheres que eu já tive ou desejei. Um pouco de cada uma. Até porque ela é tão "perfeita" que seria difícil haver uma assim na vida real. rs
GQP: O que te fez escrever um livro misturando comédia e paixão?
Maurício Gomyde: É uma combinação perfeita. Sempre fui fã das comédias-românticas do cinema. Adoro aqueles filmes simples, aquele roteiro pré-determinado, do tipo "quando vão se encontrar, quando vão se largar, quando vão se reencontrar?". Gosto do Jack Black, da Sandra Bullock, do Hugh Grant... Fazer o quê, né? rs. O legal é que são filmes leves, divertidos, descompromissados. Escrever assim me faz bem. O momento em que estou na frente do computador escrevendo isso é bom demais.
GQP: Qual sua maior inspiração?
Maurício Gomyde: Como disse, as situações comuns, vividas por mim e pelos amigos. Acho que todo mundo acaba se enxergando nas coisas que acontecem ali. Os personagens são comuns, tem problemas, tem conflitos, tem desejos, raiva, medo, alegria, momentos de bobeira, de seriedade. rs
GQP: Como você define seu livro "o mundo de vidro"?
Maurício Gomyde: Um livro simples, escrito por uma pessoa simples e que tem, na simplicidade de sua história ("Ele" se apaixona loucamente por "Ela") seu grande trunfo.
GQP: Quais são seus planos para o futuro? Algum livro novo?
Maurício Gomyde: Sim, estou com dois livros prontos. O próximo eu lanço em outubr/novembro deste ano. Mas não tenho o título ainda. Estou finalizando e agora começando a pensar nisso. Meus planos literários são apenas continuar escrevendo sempre. Adoro isso.
GQP: Algum dia você parou e pensou “essa profissão não vai dar em nada!”?
Maurício Gomyde: Nunca pensei assim, porque não tenho a arte de escrever como uma profissão. Eu tenho outras atividades, e a literatura é o prazer, o vício. Assim fica mais fácil, porque você não se cobra de ter que vender tantos livros aquele mês pra pagar suas contas. Se eu vender, tudo bem, ótimo. Se não, o simples fato de as pessoas lerem e gostarem do que escrevi, já é um prazer enorme.
GQP: O que mais te fascina nos livros?
Maurício Gomyde: A possibilidade de a mesma história ter ressonância, entendimento e impacto diferentes em cada leitor. Quando o escritor conta sua história, ele tem na cabeça suas experiências, seus personagens. Daí o leitor interpreta de forma completamente diferente, e também está correta. Sou tarado por livros, é o presente que mais gosto. Nunca longe de um.
GQP: Para finalizar te desejamos muito sucesso, obrigada pela disponibilidade, foi um prazer que alguém como você participe do nosso blog. Muito obrigada!
Maurício Gomyde: Eu que só tenho a agradecer ao seu blog pela oportunidade de falar aqui um pouco sobre meu trabalho. Este é um canal valiosíssimo e espero que seus leitores acompanhem esta e outras entrevistas que vocês fizerem. Obrigado!!
Dêem uma olhada no vídeo do livro dele! Espero que tenham gostado! Beijos, Abacate e toda a equipe Gente que presta.
Beijos, Abacate.
E mandar um beijo de aniversário para o Maurício, que foi ontem, e agradecer pela gentileza e disponibilidade que ele teve para nos ajudar!
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